Transposição das águas do rio São Francisco

Agência vê atraso de Estados nas ações para transposição das águas do rio São Francisco

A governadora Wilma de Faria se integra nesta quinta-feira(15) à comitiva do presidente Lula que a partir de hoje visita as obras de transposição das águas do rio São Francisco.

O deputado federal Henrique Alves também se integra à comitiva, mas somente na sexta-feira(16).

Além de Lula, integram a comitiva que irá inspecionar as obras do São Francisco a ministra e presidenciável Dilma Rousseff, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira, e políticos dos Estados do Nordeste que serão beneficiados com a transposição.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na edição de hoje, um trabalho de fiscalização da ANA (Agência Nacional de Águas) nos Estados receptores das águas da transposição do rio São Francisco revela, ao menos por ora, a falta de comprometimento desses governos com a abertura dos canais.

Na prática, para receber essas águas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte devem ter pronta toda uma estrutura de gestão, principalmente uma secretaria ou uma agência de recursos hídricos equipada, com pessoal treinado para dar a destinação correta à água e cobrá-la dos consumidores da zona urbana e daqueles que a utilizarem para irrigação.

Integrada ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a obra está orçada em cerca de R$ 5 bilhões, incluindo projetos de revitalização do rio. Segundo o governo, 12 milhões de pessoas serão beneficiadas.

Segundo o relatório da ANA, a situação mais preocupante é a de Pernambuco. O Estado, segundo a agência, tem até junho para criar uma agência estadual de água, inclusive com a nomeação de seus dirigentes.

Paraíba e Rio Grande do Norte, de acordo com o relatório da ANA, aparecem num nível intermediário, com os órgãos gestores criados, mas ainda sem estrutura.

O diretor do Instituto de Gestão de Águas no Rio Grande do Norte, Celso Veiga, disse à Folha de S.Paulo que o Governo do Estado prometeu equipar o IGARN com a contratação de engenheiros, economistas, químicos, biólogos e sanitaristas.

Do Blog de Oliveira Wanderley