terça-feira, 10 de abril de 2012

São Rafael deixa de integrar rede de cidades que dá suporte aos serviços do Samu


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VALE DO AÇU - A cidade de São Rafael não mais compõe o arco de municípios que é abrangido pela prestação de serviços da unidade regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que compreende todo o Vale do Açu.

A revelação foi feita pelo coordenador-geral do Samu na região, Luís Roberto Fonseca, o município de São Rafael deixou de participar desta rede de assistência à saúde.
O Samu foi implantado no Vale do Açu no dia 18 de junho de 2011. O objetivo era atender 12 cidades circunscritas à 8ª Unidade Regional de Saúde Pública, com sede em Assú.
A estrutura atual dispõe de duas ambulâncias, sendo uma de suporte avançado e outra de suporte básico. A área de atuação do Samu na região compreenderia as cidades do Assú, Angicos, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Fernando Pedroza, Itajá, Ipanguaçu, Paraú, Porto do Mangue, São Rafael, Triunfo Potiguar e Pendências.
Luís Roberto registrou que, com a saída de São Rafael, o município do Assú foi sobrecarregado.
"Nós temos realmente dificuldades orçamentárias até das próprias prefeituras", declarou o coordenador-geral.
Luís Roberto observou que há problemas até no sentido de se sensibilizar os gestores públicos no tocante ao fornecimento da mão de obra auxiliar do Samu.

Programa é mantido com recursos de três esferas governamentais

O coordenador-geral explicou que o financiamento do Samu é tripartite. Parte dos recursos para seu custeio é proveniente da União, por intermédio do Ministério da Saúde. O Estado arca com outra parcela.
"É o Estado quem paga combustível, oxigênio, treinamento, fardamento, botas, equipamentos da ambulância, manutenção dos veículos, comunicação via rádio e pessoal que trabalha noSamu", descreveu.
Ele salientou que a terceira participação corresponde justamente à contrapartida das prefeituras.
"Aos municípios cabe a contratação do técnico em enfermagem e do condutor-socorrista que não pode ser um profissional qualquer, não é só a pessoa que dirige a ambulância, ele participa ativamente do processo de atendimento; ele tem que ter uma qualificação como socorrista", esclareceu Luís Roberto, dizendo que, às vezes, não se consegue sensibilizar o prefeito no sentido de garantir a disponibilidade desse pessoal. Foi justamente este caso que ocorreu com São Rafael.

DESFALQUE
"Recentemente, destes doze municípios, o município de São Rafael desistiu de ter Samu, retirou o seu profissional e desfalcou a equipe", registrou o coordenador-geral.
Por conta disto, para evitar que houvesse comprometimento na prestação de serviços, a contratação de mais um profissional para suprir a vaga aberta com a desistência de São Rafael foi assumida pelo município do Assú, que é a cidade-polo da região. "Este é um dos problemas pontuais que temos que enfrentar. A terceira ambulância está pronta para atuar, e nos falta pessoal", complementou.
"Às vezes falta entendimentos dos gestores da importância desse serviço à população". Ele disse que, pela extensão territorial da região, é indispensável que a terceira ambulância comece a operar.
O Mossoroense

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