terça-feira, 17 de abril de 2012

POEMA

Selva de Pedras

Gilmar Leite

Selva de pedras... Pouso da solidão
A metrópole é uma nave agressiva,
Onde a frieza em carne sempre viva
Faz moradia no débil coração.

Lugar real da vil desilusão...
O calabouço da vida cativa,
Onde a esperança chora lenitiva
Entre as grades espessas da prisão.

A comunhão, o abraço e o afeto,
Moram debaixo da ponte, sem teto,
Onde o prazer da vida foi esquecido.

Os kamikazes em viagens suicidas
São habitantes das ilusões perdidas
Entre as muralhas do peito ferido.

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