terça-feira, 24 de abril de 2012

“Eu se abro-me todinho com este país”

Eleição, no meu tempo de menino, cheirava a carne, carne assada em 
 churrasqueira grandes feita no chão e muita carne guisada naqueles panelões em fogões improvisados, no meio da rua onde morava Sousa PB 

Aquilo é que eram festa cívica, com os matutos, todos ali irmanados sem coloração partidária, sem desavenças, rasgando tacos de carne mal assado, com o arroz duro, da “Eleição”...

Era comida e muita e pra muitos dos que estavam ali representava a única oportunidade de botar um pedaço de carne na boca, naqueles tempos sem bolsa família, bolsa escola ou qualquer bolsa, Se o voto era vendido ou não, a gente pelo menos não percebia. O importante era a festa, era o ajuntamento daquela gente pura e honesta.

Mas com o tempo, as coisas foram mudando (acho que pra pior), pois a primeira coisa que tiraram da eleição foi à comida, que representava, em última análise, a única vantagem que o eleitor levava junto ao candidato (mala ou não). Hoje, nem camisa nem boné o eleitor pode levar dos candidatos, ta proibido também. Apesar das camisas que vestem os eleitores terem a mesma cor da bandeira do candidato, só faltando mesmo o nome do fariseu. Só que ele não precisa mais comprar, é ele o eleitor, que compra ou pega uma camisa velha com a cor do seu partido e sai na rua matando e morrendo.

Colavam milhares de retratos nos poste da cidade e em casas que declarasse sua intenção de votar nos candidatos. Não conhecia a palavra corrupção, ladrão disso ou daquilo, nem desvio de verbas da Saúde, Educação e outros existiam coerência onde determinado grupo políticos se revezavam entre se, para não cair na monotonia de gestão e assim se agrupavam democraticamente até surgir nomes novos no cenário político com garra e coragem de lutar por seus ideais de democracia e liberdade e assim passava os tempos.

Hoje o país virou uma cachoeira de lama, saindo desde mais alto escalão da Republica, atingido até os homens da capa preta, para qual deveria punir os culpados e aliviar o peso dos inocentes, senta no banco do REU, a quem mais meu DEUS devemos confiar?



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