sábado, 19 de setembro de 2009

GREVE

Professores do Estado podem retomar greve

“Nós suspendemos a greve, não acabamos, o que significa que ela pode voltar”, disse a coordenadora geral do Sindicato Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte-RN), Fátima Cardoso, ao sugerir que os professores da rede estadual de ensino podem parar de trabalhar logo.No início do ano, a greve deflagrada no Estado e na capital potiguar foi suspensa sob promessas de acordos futuros. Segundo Fátima Cardoso, a governadora Wilma de Faria iria instaurar o piso salarial no mês de agosto e a prefeita Micarla de Sousa chegou a assinar um documento assegurando que discutiria no início do segundo semestre deste ano a reposição salarial de 29%.“Não fizeram”, lembra. “De maneira nenhuma aceitaremos desculpas. Seria um calote àquilo que elas próprias escreveram”, avisou a sindicalista, que já marcou assembléia para as 8h do dia 23 de setembro, na sede do Sinte-RN. "Esperamos até lá ter algum posicionamento".Outra reivindicação é “a implantação do Plano de Carreira que obriga o complemento de 5% do salário dos 18.298 professores do Estado”.Tudo isto foi exposto durante o manifesto realizado na tarde desta quarta-feira (16) em frente ao Palácio dos Esportes. A ação foi realizada em todo o país em comemoração ao Dia Nacional da Luta em Defesa do Piso Salarial da Educação. Em Natal, contou inclusive com culturais. “Capoeira, araruna, bandas marciais de duas escolas e três grupos de dança”, Cardoso enumerou as atrações, além de explicar o objetivo da data.“O presidente Lula sancionou uma lei que implementa o piso salarial, mas cinco governadores, encabeçados pela governadora do Rio Grande do Sul [Tucana Yeda Crusius] solicitaram ao Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade da lei”.De acordo com a representante dos professores, a lei conta com uma Emenda a seu favor e o STF não julgou mérito na questão, mas o fato prejudicou o andamento dos processos e a aplicação do piso.Além da capital, Campestre, onde o prefeito é contra o piso e Pedro Velho, onde os professores estão com os salários atrasados desde janeiro; também se rebelaram.

Fonte: Fco. Costa Filho da Redação de O Nosso Jornal

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