terça-feira, 18 de novembro de 2014

E ainda tem mais espere pra ver

Termoaçu está no rolo dos contratos pagamentos suspeitos da Petrobras

Estava demorando, mas aconteceu. O rastro das suspeitas de irregularidades envolvendo contratos e pagamentos feitos pela Petrobras também alcança o Rio Grande do Norte. Reportagem publicada pelo jornal O Globo revela que a prática costumeira da estatal de reajustar contratos no meio das obras, o que contribui para elevar o preço final de grandes projetos, também se repetiu na construção da Termoaçu, em Assu.

O jornal carioca revela que obteve documentos que mostram que no final de 2013 a Petrobras autorizou pagamento no valor extra de cerca de 140 milhões de reais à construtora Camargo Corrêa, a título de compensação por despesas adicionais como subcontratações durante as obras de implantação da usina termoelétrica inaugurada em 2008. A Camargo Corrêa é uma das empreiteiras acusadas de participar de cartel por meio de pagamento de propinas e subornos.

A Petrobras, ainda segundo o Globo, diz que pagou a mais 124 milhões de reais, mas o fato é que a construtora já havia recebido, antes de 2013, 690 milhões de reais pela obra. Muito generosa, a estatal pagou mais de 800 milhões de reais pela construção da usina que, ainda de acordo com O Globo, foi incorporada pela Petrobras em janeiro deste ano pelo valor contábil em torno de 700 milhões de reais.

A Termoaçu foi inaugurada em setembro de 2008 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À distância, por sistema de videoconferência direto de Mossoró. Ao seu lado, além da então governadora Wilma de Faria, a então diretora de Gás e Energia, Graça Foster, que viria se tornar presidente da empresa e que chefiava a área responsável pelo empreendimento.

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