Deu em O Globo
Relatório final da comissão não aponta culpados nem indicia; deputado diz que ano eleitoral influiu nos trabalhos
Evandro Éboli
Criada com muito estardalhaço, a CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) termina com um relatório final que não aponta culpados nem recomenda indiciamentos.
A comissão acabou esvaziada pela oposição — que insistiu na sua instalação, mas sequer compareceu às reuniões — e se encerra num clima amistoso entre parlamentares ruralistas e os aliados do movimento social.
Único parlamentar ligado aos ruralistas a comparecer à CPI, Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) reconheceu que, em ano eleitoral, ficaria ainda mais difícil tocar a investigação na CPI.
A comissão deixará de votar 136 requerimentos que pediam quebra de sigilo bancário e fiscal de entidades ligadas ao MST, como Anca e Concrab, e daquelas vinculadas aos ruralistas, casos de CNA e Senar.
Os integrantes da CPI do MST se reúnem amanhã para votar o texto do relator Jilmar Tatto (PT-SP), que trata dos problemas agrários de forma genérica. Não há citação de qualquer pessoa ou nome de entidade na conclusão final, de qualquer dos lados.
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