Deu na Folha de S. Paulo
Fernando de Barros e Silva
Essa é a primeira eleição presidencial, desde 1989, sem que Lula seja candidato. Lula não estará na cédula (ou na urna eletrônica), mas Lula está por toda parte. Eis o paradoxo curioso: na eleição em que está ausente, Lula mais do que nunca está presente.
Ele é, ao mesmo tempo, protagonista do processo eleitoral e principal objeto da sucessão. A eleição gira em torno da figura do presidente e do legado da era Lula.
Num sentido mais banal, toda eleição é, também, um julgamento do que veio antes. Mas não se trata só disso. Lula tirou sua candidata do bolso do colete e comunicou ao PT; inviabilizou depois a candidatura de Ciro Gomes; organizou o mapa da guerra e precipitou a polarização com os tucanos. Entrou na campanha, como se diz, "de sola".
Continua -como Chacrinha na canção de Gilberto Gil- buzinando a moça e comandando a massa. E envia, quando bem quer, "aquele abraço" às leis e à Justiça Eleitoral.
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