como se visse um bêbado, um mendigo.
E, no entanto, esse cão foi meu amigo
como tantos amigos que ainda faço.
À noite, com que alegre estardalhaço
vinha encontrar-me no portão antigo,
enquanto a dona vinha ter comigo
e, sorrindo, apoiava-se ao meu braço.
Hoje ele faz a outro a mesma festa
e ela o mesmo carinho, tão honesta
como se nem notasse a transição
Eu rio dessa triste brincadeira
mas quando uma mulher é traiçoeira
não se pode confiar nem no seu cão...
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