quarta-feira, 19 de setembro de 2012

HISTÓRIA!!! ORGULHO!!!


PARTE DE NOSSA HISTÓRIA CONTADA COM ORGULHO!

  1. Coragem para renunciar

    Sei que naturalmente sou suspeito para falar no assunto. Mas acredito ter dado um dos maiores exemplos de honestidade que um político pode dar. Ainda hoje os meus colegas do Colégio Marista de Natal: Airton Costa, Manoel Antônio da Cunha (Biel), João Bosco Ribeiro, Marcos Teixeira, Monir, João Ferreira de Melo, Porpino e outros mais, em nossos frequentes encontros, quando o
    assunto é política, às vezes eles me apresentam a outros amigos, exagerando: “Esse é o prefeito mais honesto do Brasil; renunciou ao mandato porque o salário não dava para se manter”.

    O ano era 1972 e o salário 600 (seiscentas) pratas por mês para a manutenção da minha residência. Eu recebia mais 400, mas era a chamada verba de gabinete. Como médico recém-formado, eu não tinha outra opção, nenhum vínculo empregatício e me elegi trabalhando de graça para o povo da minha pequenina cidade. Surgiu uma luz no fim do túnel. Comigo se elegeu a maioria dos sete vereadores (Dinarte Fonseca, Jorge Marinheiro, Ulisvan Macedo e os saudosos e honrados Pedro Chagas e Pedro Valentim) que aprovaria um aumento para mim.

    Fui ao Tribunal de Contas do Estado, onde contei toda a história. O Presidente do Tribunal, Dr. Morton Mariz, sentiu a minha honestidade e foi franco e direto: “Não faça isso!” Foi a minha salvação. Eu ia fazer pensando que estava certo. E ele continuou explicando que se eu agisse daquela maneira, não era o Tribunal do Rio Grande do Norte, era o de Brasília, que, até o final do meu mandato, podia pedir de volta todo o aumento concedido, pois o mesmo só teria validade se fosse aprovado pelos vereadores da legislatura anterior e não pelos da nova legislatura.

    Foi quase uma sentença para a minha renúncia. Mas, antes, vejam o que eu fiz. Eu tinha prometido a mim mesmo realizar o sonho dos estudantes que terminavam o curso primário e amargavam a tristeza de não vislumbrar um Ginásio à sua frente. Corri para o Colégio do respeitado Padre Manoel Tavares, em Angicos, pois já era fevereiro e as aulas começavam em março. Senti que o nome da professora Davina Soares foi muito importante na rápida aceitação dos seus alunos. Corri para Natal, onde assinei contrato com a empresa Nordeste, a transportadora dos futuros ginasianos. Recordo com emoção quando o ônibus retornou de Angicos e deu uma volta na cidade, quase 11 horas da noite, com eles cantando a felicidade de um sonho que começava a se concretizar. E teve mais. Em Natal tinha uma instituição privada que preparava convênios das prefeituras com o Ministério da Educação. Foi feito o convênio e, assim, encaminhado o primeiro projeto para construção do ginásio de São Rafael.

    Na saúde, antes mesmo de ser prefeito, eu fui ao Funrural, em Natal, e fiquei sabendo que toda cidade que tivesse um médico residindo, podia ganhar uma ambulância daquela Instituição. Foi a primeira ambulância de São Rafael e eu mesmo vim dirigindo. Antes da liberação pelo Detran, tiramos uma foto onde aparecem também seu Joaquim Barbosa, diretor da Maternidade, Jorge Marinheiro,
    presidente da Câmara de Vereadores, o deputado e médico Dary Dantas e, salvo engano, o líder político Pio Marinheiro de Souza. Como prefeito, em menos de vinte dias eu consegui também os medicamentos da CEME e no Posto Médico foi instalada a primeira farmácia popular da cidade. Contratei uma médica de Jucurutu
    para me ajudar nos dias de maior atendimento: as segundas-feiras.
    Com um trator do Estado, foram feitos serviços nas principais estradas do município. Tonheca Mariano com seus filhos trabalhadores se encarregaram de uma nova pintura nos prédios construídos pelo capitão Pedro Heráclito Pinheiro.
    A praça Dix-Sept Rosado e a quadra de esporte foram iluminadas com lâmpadas a vapor de mercúrio. Recebi pessoalmente do comandante da polícia de Macau o agradecimento pelo total apoio da prefeitura ao sargento Mangueira e seus soldados, um fato importante para a manutenção da ordem em São Rafael.

    Com tudo funcionando, educação, saúde, segurança, eu pensei, agora posso renunciar mais tranquilo. Renunciei no 5º mês de mandato, deixando na agência do Banco do Brasil de Assu quarenta por cento das verbas do fundo de participação dos municípios. Depois eu tomei conhecimento que um inspetor do Tribunal de Contas passou pela agência do Banco e perguntou o que estava acontecendo em São Rafael, onde tudo estava funcionando e ainda tinha um saldo tão expressivo naquela agência.

    É profundamente lamentável que um ex-prefeito da cidade nova, com três mandatos e duas dezenas de processo, tenha recebido do Tribunal de Contas uma intimação para devolver um milhão de reais. É ainda mais lamentável que no dia 25 de agosto último, no palanque do seu filho-candidato, ele, de peito aberto, tenha declarado: "Eu roubei, mas para dar aos pobres”. Contam que ele quando recebia o fundo de participação, trocava quatro mil reais em notas de um e dois reais para distribuir com as pessoas mais pobres. Nessa época São Rafael foi comparada com Bagdá. Ele mandou passar um trator no que restava de asfalto e as ruas pareciam mesmo que tinham sido bombardeadas. Uma cidade de clima quente, ao lado da segunda maior barragem do Nordeste e em três mandatos nenhum pé de árvore foi plantado. Um show de má vontade!

3 comentários:

  1. Ao Dr. Antônio Ferreira Sobrinho. Após ler os seus comentários em redes sociais, vi que era necessário esclarecer a este grande público da referida rede, o teor da renúncia do então Prefeito Dr. Antônio Ferreira Sobrinho. O Senhor Pio Marinheiro de Souza liderança política do Município de São Rafael indicou como candidato a vice Prefeito seu filho Francisco de Assis de Souza, conhecido popularmente como “Chichico”, como bem todas as pessoas da época tinham o conhecimento de que eleito a chapa de Dr. Antônio e “Chichico” após seis meses de empossado, o Dr. Antônio renunciaria o mandato de Prefeito em troca de um emprego Federal na legião Brasileira de Assistência - LBA na função/cargo de Médico, o que na realidade aconteceu, assumiu o dito emprego. Dito isto o Dr. Antônio deveria entender que tecer comentários como ele teceu jamais iria ficar por isso mesmo, sem ter quem contestasse suas falsas declarações. Em se falando do pequeno subsídio de Prefeito, o Dr. Antônio mais uma vez quer tapar o sol com a peneira, olhe minha gente um salário à época de 600 pratas como ele disse a título de subsídios e 400 a título de representação, mais um carro para o uso do seu gabinete, com um motorista, significava na época um bom salário. É um salário tão bom que de lá pra cá chegando até agora, existe aí em São Rafael um Prefeito candidato a reeleição que pediu ao presidente da colônia de pescadores que até pelo amor de Deus o ajudasse a ele se reeleger, porque estava ali de passagem, e seu único objetivo era ter pelo menos mais 2 anos de mandato para poder se aposentar com um salário de prefeito. Então será que esse salário é um salário irrisório? Essa arquitetura foi toda tramada pelo Dr. Antônio Ferreira pelo Deputado Estadual de maior prestígio na época Dr. Darí de Assis Dantas, e pelos senhores Pio Marinheiro de Souza, pai do então Vice Prefeito, e pelo senhor Pio Marinheiro de Souza Filho, irmão do Vice Prefeito, que seria beneficiado com a renúncia do Dr. Antônio Ferreira Sobrinho, pois o mesmo seria agraciado com o cargo de Prefeito depois de vago pela renúncia de um homem que preferiu trocar o voto do seu povo por um emprego Federal, dando assim as costas para um povo que tanto lutou para velo governando os destinos de sua Terra. “Renúncia” para mim é sinônimo de covardia.

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  2. Muito bom comentário, devemos conhecer bem os dois lados da história para poder tirar nossas conclusões, ainda mais quando um lado é contada pelo próprio "protagonista", não quero tirar aqui o mérito de ninguém, principalmente o deste senhor como médico, mas realmente, renunciar (por estar ganhando "pouco") não é um ato tão bonito assim, e muito pior, seria pensar que a renúncia deu-se pelo motivo supracitado.

    Enfim... em todo caso quem está candidato é Reno Marinho e não seu pai, um jovem que está longe de pensar em aposentadoria, muito pelo contrário, ainda tem muito tempo (e vontade) para trabalhar pela cidade, e o exemplo de erros que não devem ser cometidos!

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  3. À dona Antônia Lima, que não sei quem é, nem quero ter o desprazer de conhecer. Pelas acusações que ela me dirigiu, pode-se deduzir que se trata de alguém extremamente imbecil. Alegar, como ela mesma alegou, que 600 pratas de subsídios, ou seja, 20 cruzeiros por dia para ser prefeito e médico “significava na época um bom salário”, é indiscutivelmente a primeira demonstração de imbecilidade. Ser o único médico de uma cidade do interior, já é certeza de sacrifício dobrado. Imagine acumulando a função de médico e prefeito.

    Assumi a prefeitura em 31 de dezembro de 1972. Na primeira semana de janeiro, designei Gregório Benício, a quem pagava seis cruzeiros por dia (salário da época), para comandar uma turma de trabalhadores na limpeza do mato na extensão de uma rua – a saída para a cidade de Assu. Gregório, como feitor, ganhava seis cruzeiros por dia (o salário da época). Reconheço que era muito pouco. E o meu: vinte reais por dia para ser prefeito e médico de tantas noites mal dormidas, era bom? E se era “um salário tão bom” como declarou dona Antônia Lima, por que então o seu presumível chefe político, que não era médico, só como prefeito foi acusado de desviar um milhão de reais? A polícia federal foi a São Rafael e comprovou tudo. O noticiário se espalhou pelo Brasil com o Jornal Nacional da Rede Globo divulgando naquela época como “o maior escândalo do Rio Grande do Norte”. Uma vergonha para todos nós são-rafaelenses.

    Dona Antônia, além de imbecil, provou que é uma farsante. Por que eu iria renunciar ao mandato de prefeito, se fui pessoalmente consultar o Tribunal de Contas sobre a legalidade dos meus vereadores aprovarem um aumento para mim?
    Essa é a mais cristalina e contundente prova de que eu não pretendia renunciar. O Presidente do Tribunal, Dr. Morton Mariz, repito, sentindo a minha honestidade, foi franco e direto: “Não faça isso!” Só os vereadores da antiga legislatura poderiam
    aprovar o aumento. Por isso renunciei. Mas provei que, além da honestidade, fiz muita coisa boa (principalmente na educação e na saúde) em apenas cinco meses.

    Agora, Dona Antônia, lembre-se do que o seu chefe político fez: além dos deploráveis estragos nas ruas de São Rafael, o criminoso rombo no cofre da prefeitura. E foi por esse motivo que aquele Tribunal o condenou a devolver o badalado milhão de reais. E ele, na praça pública (dia 25 de agosto de 2012), declarou para quem quisesse ouvir (ou a senhora, envergonhada, baixou a cabeça e tapou os ouvidos?): “Roubei para dar aos pobres”. Que barbaridade! O dinheiro do povo só poder ser aplicado em benefício do povo se primeiro for roubado!?

    Portanto, dona Mentirosa, além de renúncia só ser crime no seu dicionário, a senhora com o seu chefe, num gesto de pura COVARDIA, deram as costas para o povo de São Rafael quando descarada e vergonhosamente abraçaram a execrável CORRUPÇÃO!

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