quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nomeada para a transição de Dilma é ré

Deu em O Globo
Advogada alagoana é acusada de envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas: ‘Não há sentença contra mim’
Odilon Rios
Nomeada para a equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff, com nome publicado ontem no Diário Oficial da União, a advogada alagoana Christiane Araújo de Oliveira foi denunciada e é ré em duas ações de improbidade na Justiça Federal de Alagoas, por envolvimento com a Máfia das Sanguessugas.
Em março de 2008, a Justiça Federal aceitou as ações de improbidade, propostas em 2006 pelo Ministério Público Federal contra integrantes da máfia dos sanguessugas.
A advogada era assessora parlamentar do ex-deputado federal João Caldas, também indiciado na Operação Sanguessuga, esquema descoberto pela Polícia Federal que incluía o desvio de verba federal destinada à saúde. O escândalo foi chamado de "máfia das ambulâncias".
O outro assessor — James Sampaio Calado Monteiro —, também indiciado, é hoje prefeito de Palmeira dos Índios (AL).
— Não tem sentença no processo, está na instrução. Ela era secretária de João Caldas, não há evidências da participação dela. Ela era secretária, fazia o que o chefe mandava. Se o deputado pedia para ligar para fulano ou beltrano, ela ligava — disse o advogado de Christiane, Welton Roberto.
Filha de um pastor, Christiane era estudante de Direito e estava em Brasília quando começou a trabalhar para Caldas.
— Ela trabalhou em meu gabinete, ficou cinco ou seis anos. Depois, foi para o GDF (Governo do Distrito Federal) — disse o ex-deputado João Caldas (PSDB), que não sabia da nomeação da ex-assessora. — Ela é competente, boa advogada.

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