quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Poema

Amei e quem é que não amou? -

Amei. E quem é que não amou?
Dei-me a todos os prazeres;
Quem é que ao prazer se nega?
— Sim, jamais, um prazer se rejeitou!
Mas, acabei.
Depois da juventude
Vem a idade madura,
— Tudo nos sabe a derrota.
Meus cabelos foram loiros
Como aqueles,— de entre tantos que beijei,
Como aquêles que eu prefiro!
Nem a vida me conhece.
Cantei. Agora, suspiro.

António Tomás Botto (Casal de Concavada, Abrantes, Portugal, 17 de agosto de 1897 - Rio de Janeiro, 16 de março de 1959) -

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