sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Piso de R$ 600 é ‘trololó’, diz ministro

Deu em O Globo
Cristiane Jungblut
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reagiu ontem à proposta da oposição de elevar o salário mínimo para R$ 600 e às declarações do coordenador da bancada do PSDB, deputado Rogério Marinho (RN), de que há condições de o governo conceder o aumento por não gastar todos os recursos do Orçamento previstos para investimentos.
Em entrevista ao programa "Bom dia, ministro", da NBR TV, Paulo Bernardo disse que isso era "trololó", expressão usada na campanha presidencial pelo candidato derrotado do PSDB, José Serra.
Na entrevista, Paulo Bernardo afirmou que o mínimo de 2011 deverá ser definido com "cerimônia" e defendeu — como já antecipara ao GLOBO — um critério permanente de reajuste do Bolsa Família.
Para o ministro, Dilma receberá um governo em uma "situação melhor" do que o presidente Lula recebeu, em 2003. O PSDB e o DEM formalizaram a proposta de R$ 600 para o mínimo e as centrais sindicais, R$ 580.
— Usando uma expressão que os tucanos gostam muito, é um trololó. É normal que os parlamentares se posicionem, defendendo aumento maior ou menor para o salário mínimo. Mas daí relacionar isso com as obras que estão sendo tocadas é só discurso. Misturar as estações, dizer que tem a ver com as obras do PAC é um pouco de exagero.
O ministro voltou a defender a manutenção do atual critério de valorização do mínimo. Disse que o problema de 2011 é pontual e que as centrais defendem o atual critério: reposição da inflação mais PIB de dois anos anteriores.
Ao saber das declarações do ministro, o tucano Rogério Marinho também utilizou uma expressão muito usada por Dilma Rousseff durante a campanha para rebater:
— O ministro está tergiversando sobre o assunto disse Marinho.

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