terça-feira, 1 de dezembro de 2009

RN tem 2.384 casos de Aids



Publicação: 01 de Dezembro de 2009 às 00:00
Quem vê hoje Gisele Dantas, 40, cheia de disposição para contar sua história, não tem ideia do que ela passou nos últimos 11 anos. “Descobri em 1998 que era soropositiva depois de perder um bebê e investigar o motivo. Nasci de novo”, relata ela. Mas até chegar onde está, segura e amparada por amigos e família, foi uma longa jornada de medo. “Se quando descobrem hoje as pessoas ficam assustadas, imagine antes. Pensei que ia morrer”.

O Rio Grande do Norte tem notificado de 1983 a 2008, 2.384 casos de Aids, ou seja, pessoas soropositivas que desenvolveram a doença. Destes, só Natal teve 1.324 casos. A cada soropositivo que desenvolve Aids, há de seis a oito soropositivos que não desenvolvem a doença e, assim, não entram nas estatísticas de notificações.

Hoje, Dia Mundial de Combate à Aids, o poder público tem dois desafios principais: melhorar a assistência aos pacientes e agilizar o diagnóstico. O aspecto saudável de Gisele resulta de sua conscientização de seguir o tratamento à risca, depois de alguns sustos por desobedecer às orientações médicas.

“Nunca faltou medicamentos antirretrovirais (ARV´s). O difícil é conseguir os remédios paliativos, que tratam os efeitos colaterais causados pelos ARV´s”, diz. “Não deixei de fazer nada e tenho um relacionamento de três anos com uma pessoa soronegativa. Mas a rotina muda”, completa.

Para a coordenadora do programa estadual de DST/Aids, Sônia Cristina Lins, “o diagnóstico deve ser precoce, o que dá mais chances de uma qualidade de vida ao paciente. Mas deve sair mais rápido. Às vezes demoram 60 dias para se saber o resultado, quando deveriam ser 15”, diz. “Uma postura pró-ativa dos profissionais de saúde envolvidos nesse processo de coleta e envio aos laboratórios é essencial”.

A coordenadora do programa DST/Aids em Natal, Solange Setta, diz que a capital tem uma média de 90 casos por ano desde 2005, mas o ideal é que essa curva diminua.Por outro lado, ela comemora que a Aids esteja se torando uma doença “crônica”. “Isso é positivo, porque enquanto não há cura para a doença, se tem controle sobre ela”, comenta.

Uma meta do Estado é descentralizar o atendimento para melhorar o serviço. “A assistência aos pacientes se resume hoje a Natal, no Hospital Giselda Trigueiro, e no Hospital Rafael Fernandes, Mossoró, o que gera a superlotação”, diz Sônia. “Estamos implantando o serviço em Macaíba e São José do Mipibu”.

Estande para testes
Além da distribuição de 150 mil preservativos e de panfletos educativos, a campanha de prevenção da Aids no Carnatal deste ano terá uma novidade. As secretarias de saúde do município e Estado terão um estande para um teste rápido e gratuito de Aids para os foliões. A medida busca sensibilizar sobre a importância do diagnóstico e o resultado sairá em 30 minutos.

Um comentário:

  1. Eu Giselle Dantas achei perfeita essa reportagem. e acho qeu a midia deveria da mas nfaze as pessoas que vivem com HIV/AIDS no estado RN mas tbm em outros lugares. es tou a disposição para qualquer duvidas palestras sobre testemuno pessoal prevenção sobre DSTS. meu fone é 84 32238704 87417652 88045236 96090135.

    ResponderExcluir