terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mínimo de R$ 510 custará R$ 600 milhões a mais à Previdência


LORENNA RODRIGUES

da Folha Online, em Brasília

O ministro Paulo Bernardo (Orçamento) confirmou nesta terça-feira que o governo avalia reajustar o salário mínimo para R$ 510, acima dos R$ 507 previstos no texto do Orçamento. Segundo o ministro, a proposta foi feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é quem dará a palavra final sobre o assunto.

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O mínimo de R$ 510 terá um impacto de R$ 600 milhões a mais nas contas da Previdência Social no ano que vem, o que elevará o custo adicional a R$ 4,6 bilhões.

Bernardo disse que o aumento do mínimo facilitaria o recebimento do benefício por aposentados que sacam o dinheiro em caixas eletrônicos, já que seria mais fácil sacar o valor redondo.

De acordo com o ministro, o governo pode incluir na medida provisória que reajustará o salário mínimo o aumento também para os aposentados que ganham acima do piso.

"Há essa possibilidade, mas não há ainda acordo. Gostaríamos de ter feito um acordo com as centrais sindicais e isso não aconteceu", afirmou.

PIB

O ministro disse ainda acreditar que a previsão para o crescimento de 5,8% do PIB (Produto Interno Bruto) feita hoje pelo Banco Central se concretizará. Ele negou, porém, que isso pode implicar em aumento nas taxas de juros no ano que vem.

"Tem muita gente especulando com essa questão de juros, mas todo mundo sabe que é chute. O Banco Central vai ser duro para combater a inflação. Se tiver que tomar a medida [aumentar juros] vai tomar, mas não porque tem algum corneteiro do mercado financeiro querendo", retrucou.

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