quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Poema sobre a recusa
Como é possível perder-te 
sem nunca te ter achado 
nem na polpa dos meus dedos 
se ter formado o afago 
sem termos sido a cidade 
nem termos rasgado pedras 
sem descobrirmos a cor 
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te 
sem nunca te ter achado 
minha raiva de ternura 
meu ódio de conhecer-te 
minha alegria profunda.

Maria Teresa Horta

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