quinta-feira, 7 de outubro de 2010

poema


Que destino daremos?

Que destino daremos
aos nossos sonhos mais tenros
folhinhas brotando verdes
no pote de terra do peito?
Mas que destino daremos
aos nossos planos pequenos
efêmeros, terrenos
pedras no chão de Ouro Preto?
A que destino se destinam
os nossos sonhos mais íntimos,
ínfimos, mínimas inclinações
do espírito?
Não sei, nem sinto.
E se escrevo uma palavra mais,
minto.

Dado Amaral nasceu no Rio de Janeiro em 1968.

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