sábado, 19 de novembro de 2011

Prosa & Poesia

Como te vejo…

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Te vejo
como o céu vê a terra,
com serras que se mostram
nas cores florescentes,
com grutas que escondem
os segredos dos cristais.


Te vejo
nas marcas indeléveis da escrita,
na paixão da letra que se troca
no horizonte das cercas que o limitam.


Te vejo
como vejo o mundo e a hora,
sem tempo de razão que se explora,
sem fato de criar-se um novo mito.


Te vejo
numa voz que é o próprio grito,
no desejo que todo o universo
te ame como ama-se as estrelas,
e ao fim, bem assim por bem querê-las,
te vejo no sol de toda aurora,
me perco sem ter rumo em tantos versos,
perdido sem o tempo e suas horas.


Marco di Aurélio
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