quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Prosa & Poesia

Mudança


De que adianta guardar no peito
A lembrança dessa triste paixão
Que lentamente corrói meu coração
Embora seja um amor desfeito?

Inevitavelmente, em sonho eu recordo
Daqueles nossos felizes tempos de outrora
Que como as flores no outono vão embora
E em outra estação, sozinho, eu acordo!

Não obstante tua ausência ainda me doa
Concluo que não és a mesma pessoa
E o tempo do verbo mudou nessa espera

Mudaste brevemente como a maré
Eu não amo mais o que você é
Eu amei quem você era.

Eduardo Filho
16/11/2011

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