sexta-feira, 2 de março de 2012

OS CONTOS NOSSOS DE CADA DIA


Lena Lopez
Quente, como quem vem do inferno, vens me atentar. Me instiga, me provoca, me excita e me deixa molhada. Louca, pirada, fora de mim. Me beija, me lambe, me morde, me aperta. Me deixa babada, marcada, arranhada, ardida.
Passando tua lingua no meu pescoço, nos ombros, nos seios. Beijando, lambendo, sugando e mordendo os meus mamilos. E, desce desfilando a tua saliva na minha barriga. Circulando o meu umbigo e prossegue descendo, como se estivesse com uma fome leonina ou com uma sede de dias, à procura da fonte com água fresca para te saciar.
Mas encontra apenas, o meu cálice transbordado de mel. Te jogas à ele sem cerimônia e te abastece, me fazendo pirar. Ainda não satisfeito, decide sem me pedir permissão, mais um pouco ficar. Na boca queres a minha última gota, não vejo outra saída, a não ser deixar te lambuzar.
Eu enlouqueço de vez, definitivamente me perco, pois eu te queria já, dentro de mim. Tua boca voraz se apossa das minhas entranhas e a tua lingua felina lambe, serpenteia e adentra buscando mais mel. Eu saio do chão, rebolo e remexo, não mais me aguento, não me suporto e me deixo gozar.
Me olhas com olhos safados e sorriso de quem ganhou um jogo e exibe o troféu. Eu te puxo pelos cabelos, te trago à boca, quero provar do meu gosto. Te abraço, te enlaço com as pernas e te deixo entrar. Preso assim tu és meu, não irei te soltar enquanto não extrair a tua seixa. Corro minhas mãos em tuas costas, agarro a tua bunda e cravo as unhas. Aperto as pernas, te trago pra junto de mim com meus pés. Te quero colado, sem nenhum espaço, bem dentro de mim.
Arranho tuas costas, deixo na tua pele meus rastros de fêmea no cio. Mordo tua boca, me enrolo em tua língua, não te deixo respirar. Levo minha mãos a tua nuca, para do meu beijo não escapar, com a outra te acaricio às costas e a sobra do teu peito, que escapa aos meus seios suados. Te sinto entrar e sair, roçar e bater com força no meu botão. Meu corpo está incendiado, quero que me apagues.
Tua respiração fica descontrolada, teu coração acelerado, o rubor do teu rosto me diz que chegou a hora. Eu me afrouxo, me deixo sentir as tuas estocadas finais. Tu explodes em gemidos altos, como um leão em pleno gozo. Meu corpo estremece e eu me reteso de tanto tesão. Eu entro em êxtase e me entorpeço, num gozo final.

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