Por Lena Lopez...
Quando na frente do espelho, de posse do batom vermelho, inicia-se a
metamorfose, do limbo diário à excitação. Devagar, de dose e
dose, vai acontecendo a mudança, surgindo uma outra.
Primeiro a sobrancelha e a pinça pelo por pelo. Sombra e lápis
nos olhos delineando os contornos. O rímel dá vida aos cílios e os
deixam bem negros.
A alma se afogueia e o corpo arde em desejo.
As mãos sobem aos cabelos, que passam no meio dos dedos,
levam com eles a escova, para um longo passeio. A cada
passagem nos fios, vão juntos grandes e ardentes anseios.
Pelas pernas sobe a calcinha, que nada oculta das nádegas, pelo
contrário se enfia, no meio da linda bundinha.
E, o sutiã meia taça, se encaixa com perfeição, ousado levanta
os seios, que aumentam ainda mais a beleza e os apelos.
O salto calça os pés e as formas dela se exaltam, ostentam sua
altivez e total sensualidade.
Do alto desce o vestido, de seda preta e caído, na frente o colo
se mostra por um decote atrevido, nas costas nuas a espinha se
exibe, marcando-se de toda volúpia .
Assim ela se apronta e o espelho testemunha a mudança, de
menina à mulher, de mulher simples à fatal, que quer satisfazer
seu clamores e não lhe importa os pudores.
Mulher que sabe o que quer, que enche os olhares curiosos, as
vezes chamada gostosa, ha´que a chame liberal e tem quem
não a entendem, lhe dirigem preconceito, dizem que assim labuta,
pois a veem com olhos da malicia e a chamam simplesmente de puta.
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