domingo, 18 de abril de 2010

Ela está chegando! E os conchavos há muito já começaram.

De quem ouso falar? Da Campanha Eleitoral, é claro!

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Quando deveríamos vibrar pela chegada do exercício de um dos atos mais poderosos que o cidadão dispõe, infelizmente sou obrigada a reconhecer, que para muitos esse momento é freneticamente esperado, não pelo fato de sermos livres e podermos escolher nossos representantes, mas sobre tudo, pelo que se pode barganhar instantaneamente em cada eleição.

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As campanhas eleitorais foram transformadas num verdadeiro comércio, hoje não existe mais aquele respeito partidário, onde acreditávamos que o partido que defendíamos era o que tinha os melhores militantes, que julgávamos aptos a nos representar (embora já existissem as mazelas da ganância pelo poder). Nessa época, nós eleitores, vestíamos a camisa do partido (a maioria dos eleitores abonados apenas por bonés e camisetas) e estávamos prontos para LUTAR, isso mesmo, LUTAR até o último instante pela vitória dos nossos candidatos.

O mundo gira, a população cresce e as coisas se renovam, e muitas dessas coisas buscando a perfeição, pioram! É o caso da política com a fragmentação de partidos. Será que podemos julgar isso como um reforço democrático ou não se conceitua melhor como uma forma de ludibriar/confundir a sociedade e ganhar mais espaço no mundo dos negócios políticos?! Pode até ser que tenha um objetivo amplo de democracia... quanto mais partidos mais opções de escolha. Mas, no Brasil assim jamais funcionará, tendo a frente o naipe de políticos inescrupulosos e principalmente pela formação política da maioria do eleitorado.

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A política não mais encalça os princípios morais (se é que algum dia encalçou), os políticos (à quem a carapuça couber) na sua maioria, não sabem mais que discurso defender (dançam conforme a música que lhes convier/ajustar) e, além de serem excessivamente remunerados pelo pouco que fazem, talvez por isso deixaram de ser representantes do povo e passaram a ser defensores com unhas, dentes e pouca vergonha, exclusivamente de seus EMPREGOS, fingem trabalhar e dizem ter certeza de estarem exatamente no lugar ou lado certo. Claro que assim, até o momento em que o LEILÃO começar e, quando o resultado lhes é gananciosamente favorável põem outra máscara, a da percepção tardia (quem não tem exemplos de políticos que passam uma gestão toda recebendo seus honorários junto a um determinado grupo e na reta final PULA ou é LEILOADO para o outro lado/grupo) e a partir daí, passam a defender um dos discursos mais repetitivos e demagógicos hoje na política: “Eu vim pra cá porque percebi que o grupo a qual eu fazia parte estava completamente errado... não pensava no povo... e EU “só” penso no povo!”. Misericórdia! E o povo aplaude.

Fotos: ilustrativas.corrupção 3

Falar em POVO. Que dizer diante do exposto acima? Se a política assim funciona e os políticos são os mentores de tal história (além de levarem a melhor parte), por que transformarmos o povo em réus? É preciso saber separar o eleitor da criatura votante. E é ai onde está a diferença... Haja visto, que estamos num País onde se constrói mais cadeias do que Escolas, consequentemente prendemos mais homens do que formamos e, principalmente num País em que pratica a distribuição de esmolas julgando-se estar equilibrando a distribuição de renda.

Se a Política tornou-se EMPREGO, então, que Currículo nossos representantes políticos são obrigados a apresentar para que possam ser dignos de ocuparem os cargos, criarem Projetos, ou até Leis em favor do povo? Não é assim com o cidadão que faz um concurso (quando válido). Já não bastassem, os cursinhos, as Faculdade, as Especializações, os Doutorados, terão também que concorrer com as famosas Provas de Títulos, (e olhe que para cargos bem menos “importantes” pelo menos em remuneração, como é o caso dos “pobres” Professores) Ora! Se muitos nem sabem ler e escrever, que oferecer?! Basta apenas serem eleitos e tornarem-se referência para as comuns chacotas com àqueles que “perdem” tempo estudando. Quem nunca ouviu: “Para que estudar? Tá vendo Lula era semi-analfabeto e tornou-se Presidente”. Professor bem pago, educação de qualidade? Isso é piada e pelo jeito vai continuar sendo por longos anos.

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Um País que estufa o peito e se orgulha de ter um representante unicamente por ser Torneiro Mecânico e ter saído das lutas de classes (não estou aqui menosprezando a categoria, talvez os que menosprezem sejam exatamente os que os classifiquem como “pobres coitados” ou “heróis”, que precisem está à frente de movimentos sindicais, incentivando e fazendo greves para terem Direitos e Dignidade no trabalho e que só por isso, por defenderem o que já é Lei (e por ser Lei deveria funcionar sem intervenções),sejam bons Vereadores, Governadores, Presidentes, etc..) diz por si só o quanto estamos despreparados para vencermos nesse mundo globalizado.

prefeito cassado mega debate

Acorda Brasil!

Pois, Política x Corrupção + Impunidade = crime organizado, prevaricação, deseducação, hospitais superlotados, desigualdade social, moradias inadequadas, etc., etc., etc.

Cidadania e Civilidade já!

Jara C. Fernandes

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