sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O falo e a gruta

Por Lena Lopez...

Entre minhas coxas, como uma serpente, teu corpo me invade. 
Como uma aranha insaciável, sedenta e lasciva, teço minhas
teias em volta de ti. Invadida nas entranhas pela tua serpente
voraz, te ato com as pernas e te prendo a mim.
Sou teu enleado, sou o nó apertado. 
Nó cego intricado, justo e preciso.
A serpente e a aranha é uma mútua devora, do duro e o
molhado, da gruta e o falo.
Lobo tu és, faminto que instiga a minha vontade e libido.
Sou fera felina, ávida e aberta, tenho instintos de fêmea à
tua espera.
Tu és a lâmina e eu sou a fornalha, apuro tua têmpera, com
minhas chamas e minhas águas.
Sou o teu cálice embebido de néctar, onde bebes paixão,
onde derramas tua seiva de gozo e tesão!

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