domingo, 10 de fevereiro de 2013

Fatalismo


Por Manuela Amaral...


Amo o que em ti há de trágico. De mau.
De sublime. Amo o crime escondido no teu andar.
A tua forma de olhar. O teu riso fingido
e cristalino.

Amo o veneno dos teus beijos. O teu hálito pagão.
A tua mão insegura
na mentira dos teus gestos.
Amo o teu corpo de maçã madura.

Amo o silêncio perpendicular do teu contacto
A furia incontrolavel da maré
nas ondas vaginais do teu orgasmo.

E esta tua ausência
Este não-ser quem é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário